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Poesias-->Caduquice Precoce -- 11/10/2002 - 12:10 (Alyne Roberta Neves Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ela me perguntou ingenuamente

Se Drummond era o mesmo Dumont

Eu gritei: Não! Non, Non, Non.

3 milhôes de vezes Não.

Menina, o que você faz com tudo que você lê?

Pra onde vai tudo que o professor disse pra você?

Tem alguma coisa errada aí

Você é capaz

Você pode muito mais

Eu não acredito que a falha esteja em seu ser

Eu acho que esta escola ainda não tem ritmo pra você

Mas agora que você já sabe que não sabe nada

É o ponto de partida da jornada

Você vai querer saber

Vai começar a questionar o porquê

Porque tanta exclusão?

Porque explode no ar uma bolha de sabão?

Porque nenhum beijo é igual?

Porque cigarro faz mal pro pulmão?

Ela sorriu timidamente

Porque no fundo ela sabia que nada nunca tem a ver

Eu gritei: Agora que você já descobriu passe a senha pra quem ainda não viu

7 milhões de novas descobertas existem na janela de sua mente aberta

Menina, você sabe muito mais do que supõe saber!

Não deixe trigonometrizarem sua capacidade!

Tem alguma coisa errada aí

Você devia pintar o cabelo de lilás

As pessoas iriam vibrar mais

Eu reconheço que você trocou dois gênios

Mas sua cabeça já viveu milênios

É caduquice precoce

Você apenas ainda não amadureceu

Viva a era da sua própria era

A era de quem ainda não cresceu

E Dumont inventou o avião....

Já Drummond novas maneiras de voar...

E agora é com você...

O que você vai inventar?



Salvador, outubro de 2002



Para Indira, a mais exótica, excêntrica e genial das flores do jardim de meu avô. Te amo, Indy. (Sei q vc não gosta)

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