LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->BUSCAR O QUE NOS OFUSCA -- 12/10/2002 - 01:25 (COELHO DE MORAES) |
|
|
| |
BUSCAR O QUE NOS OFUSCA
-Coelho De Moraes-
Buscar o que nos ofusca
para pouco ver
Tudo aquilo que tem
vocação para lembrança
O amor à disposição
sem querer alcançá-lo
plenamente
Agora só nos dois
O desejo retido
Acrescento a idéia do seu brilho
um brilho que você irradia
nem sabe
e eu te percebo como um Tudo
O que não pode ser dito
Te escolho e suponho que queiras
ser amada e ser vista
da forma que eu escolhi
O Tudo do afeto
Não é possível amar a milhões de corpos?
É proibido que o afeto se torne coletivo
Que o prazer seja plural e dividido
por isso a escolha rigorosa
que retém o que é Único?
Acasos, coincidências, diferenças
transferências
e surgirá a imagem entre mil
que convém ao seu desejo
Por qual motivo só desejo Essa?
É o corpo por inteiro ou parte dele que desejo?
Um acidente, um pedaço do corpo
um acaso de luz que rabisca os olhos?
Qual desses relevos me faz torcer as mãos
esse inominável fetiche
traduzir adorável num rasgo de latim
Será simplesmente...
É ela... é ela mesmo.
O vestígio fútil de um cansaço
O próprio do meu desejo
é a minha imagem inenarrável
quando a última filosofia é tentar se conhecer
Se reconhecer é estar face a face
estar fascinado
a extremidade da linguagem do dizer que ama
é o fútil caminho para o êxtase
O obsceno da tolice
|
|