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Poesias-->Abstrações de um ébrio -- 14/10/2002 - 03:03 (L Henrique Mignone) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Abstrações de um ébrio





Quando longe de teus braços eu me perco no copo

E divago pelo universo imenso, em profundas abstrações,

E penso neste mundo louco, nesta vida bandida,

Repleta de enormes e tantas contradições,

E ainda ébrio de teu amor, falo comigo mesmo, me pergunto,

E mais bêbado ainda, tento me responder

Sobre o tanto que me aflige, sem conseguir entender:



A começar por Deus, que como se sabe, como se diz,

ajuda quem madruga. Ora, quem madruga, dorme à tarde,

Quem madruga não pode dormir à noite,

E se não dorme à noite, embora como fuga,

Cai na gandaia, feliz, de onde se conclui:

Que a eles, da gandaia, sempre Deus ajuda!!!



- Mais um copo, vamos organizar os pensamentos!

- Você sabe que quando bebemos, ficamos bêbados.

E quando bêbados, dormimos, mesmo que por momentos.;

- Você tá certo! Mas, quando dormimos, não cometemos pecados,

E, se não cometemos pecados, não vagamos ao léu!

- Você tá certo, amigo! Beba mais uma comigo, antes da morte,

Pois a pinga é o nosso passaporte para o céu!!!



- Ora, mas isto tudo é a maior incoerência, já que Deus,

Como se sabe, como se diz, é o mais puro amor!

- Você tá certo, mas como o amor é cego, e Stevie Wonder é cego,

Será Stevie Wonder Deus? Será Deus negro? Será Deus um cantor?

- Estás louco! – digo eu para mim mesmo – Realmente és ou sou ninguém!

- Certo! – respondo-me, em minha loucura. – Mas ninguém é perfeito.

Então, assim, eu sou perfeito, você é perfeito, já que também,

Como eu, você é nada mais do que ninguém!

- Você está ficando louco, pensando desse jeito!

Só Deus é perfeito, mais ninguém, não o nego,

- Então, eu sou Deus, sou cantor, sou negro e sou cego!



- Vamos mudar o rumo do papo, vamos falar do mundo.

- Tudo bem, vamos lá... O mundo eu o vejo, todavia,

Redondo, inteiramente louco e não passa de um grande queijo...

Imagine um queijo suíço, daqueles cheio de buracos:

Quanto mais e mais queijo, mais e mais buracos.;

E cada buraco ocupa o lugar em que queijo haveria.

Assim, quanto mais buracos, todavia, menos queijo.;

Quanto mais queijo mais buracos,

E, quanto mais buracos, menos queijo.

Assim, meu amigo, quanto mais queijo, menos queijo.

- Eu não consegui entender, mas você está certo!



Olha, já está tarde, eu acho que é hora de ir embora.

Pois é... A gente que trabalha não tem tempo pra mais nada.

Já os vagabundos, os canalhas...

Hum! Estes têm todo o tempo do mundo.

Eu sei, amigo. Tá difícil. E como tempo é dinheiro,

Os vagabundos têm mais dinheiro que quem trabalha !!!

Certo! ... Então vamos vagabundear!

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