As horas de um dia não seriam do tempo o quanto gostaria de ficar ao teu lado.
Descobrir nas trevas de cada noite, a carne da pele do teu corpo, cuja loucura está há muito quieta sob um grito de prazer, a pedir inssistentemente uma só oportunidade.
Sentir da boca a fome que come os meus beijos, substanciada por um desejo ardente. E das mãos atrevidas, a força bruta que em carinhos animal, despertas-me ao absurdo, cujo só instinto sabe o que fazer.
É um querer,
Uma febre que arde a alma, fazendo o sangue brotar, em sal e água por todo o corpo. Não respeitando limites, não respeitando o tempo, vencendo o cansaço.
Serei você em voz e em vida.
E tu serás minha na mesma medida.
Se eu disser que é amor, com certeza tu do outro lado vislumbrará esse prisma.
Ah meu amor!
Esse exílio, se a ti padece,
A mim já enlouquece.
Contudo, em breve, antes que a morte nos envolva em seus mísseros braços, haveremos de construir sobre esse pecado, a obra divina do prazer...