No meio dessa vida, antes de identificarmos as respostas nos apunhalamos nas costas.
Chegamos a identificar inimigos,
A encontrar, sob cartas, o sentido dos descaminhos e de tanto pranto e ranger de dentes.
Nos enchemos de armas,
Nos fechamos em casa,
Nos prendemos na solidão, nos medos da educação.
Não saímos a noite e pelo dia oramos ao pai pra arranjar a solução.
Até nos preocupamos comos outros.
Até nos anulamos quando não concordamos. E na hora de amar traimos.
Na hora de dizer a verdade, mentimos,
Na hora de enxergar, não vimos.
Até pensamos saber das coisas, mas por n ão termos memória esquecemos de todos os erros que erramos.
Contudo quando um dia chega numa folha solta do calendário, em pleno inverno acordamos os olhos da culpa, acendemos as luzes da rua e nos olhamos no espelho. Encontramos um a resposta... Nós.
E aí queremos ir,sair pelo mundo a fora e pedir desculpas. Mas o tempo de um segundo, que as pernas já fracas não acompanham, chegam tarde.
Muitos já morreram, os erros não tem mais jeito e as feridas já sangraram até quanto podiam sangram, os olhos já choraram o quanto podiam chorar.
Porém, a alegria que formou-se no rosto pela sensibilidade adquirida é vida que faz viver outras vidas . E gritar ao céus esse valor, é dizer ao mundo dos surdos-mudos, que vale a pena viver a vida.