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Poesias-->Voltei -- 23/10/2002 - 21:08 (Antonio Carlos Garcia Pezente) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fiz da porta um colchão para meus sonhos.

Nasci... cresci... e me condeno.

Não... não foi este mundo pequeno

que me fez nascer.

Sou o fruto do pecado

da eternidade.

Sou o condenado

que parte sem saudade.

Sem saudade - é humano!

Sou pecado, e hei de ser

até o princípio do engano,

até o fim da humanidade!

E se, na chuva, minha alma se encanta,

é por não ter mais nada em que pensar.

Na chuva, deixo minhas dúvidas

e sonho que estou no ar...

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