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Poesias-->Razões mortas -- 23/10/2002 - 21:19 (Antonio Carlos Garcia Pezente) |
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Foi em vão... tudo se perdeu
por entre os arvoredos da fantasia
do poeta sonhador...
Ele viu... viu as emoções
que condenam a nossa humanidade
perante as gerações.
Cabe-lhe a culpa de ter nascido
um fruto apodrecido
no verdor da estação.
O poeta, resto da sociedade,
pode ter sofrido...
mas não perdeu a razão.
Vê tudo... e vê o pior:
vê a verdade
que se espalha por sobre as razões
das normas de nossos dias
É brutal, bem sei,
mas mesmo sabendo
eu te condeno.
Não tens o direito
de abrir todas as portas:
as ilusões são parte de nosso flagelo:
não te pertencem...
Qual o prazer que sentes, quando,
um desconhecido te descobre,
lê o que escreves?
Não... não deves!
Deixe-nos viver o mundo que nos é dado.
Sim... mesmo que vivamos enganados,
e mesmo enganando a razão de viver
não tens o direito de escrever.
Cala o teu raciocínio... cala tua pena.
Deixa as páginas de teu diário
da mesma forma que o recebeste:-
Deixe-as em branco!
Teu pensamento é cruel... retrata a vida,
e a vida não tem forma definida,
portanto são falsos os teus versos.
Mentes!
Cala a tua pena pobre sonhador.
Não... não tens o direito
de abrir todas as portas,
mesmo para lançar teu protesto.
Tuas idéias são razões mortas,
e... mortas, as razões são só resto
do que se imaginou... |
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