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 | Poesias-->Adoração à Santa Masô -- 24/10/2002 - 13:51 (Marilha Neves)  | 
	
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Fazei de mim instrumento de vossa perdição.
  Entre quatro paredes, entre silentes e langues sussurros.
  Como um leve tocar, sentimentos põem-se a mostra
  Deixa apenas impressionar, afim de não causar-lhe dor ou padecer.
  Sente o que nos traz à soga,
  Ignora-o como remédio de tua agonia
  Sabes o que se passa, 
  mas deixa queimar esperando que desoprima o que não podes evitar.
  Entre estes ventos, passam meus medos e mais tenros sentimentos
  Ignore-os outra vez cavaleiro imprestável, 
  e se torne insípido entre mais uma de minhas dores.
  Deseja a mim,
  mas custa não comparar-me a teus próprios defeitos
  e usar-me como objeto a saciar a si mesmo.
  Pedirei apenas para me confinar depois em tua culpa,
  Vendo que esta não existe, também não existirei
  Me enfia então em tua inconsciência, cadavérica, absurda.
  Faça-me crer em ti, 
  e definhar fazendo-me esquecer do que fazes a mim.
  Julga-me e condena-me a morte mais lastimosa, 
  Afim de esquecer teus sussurros, tuas lascivas palavras
  E teus pensamentos iníquos.
  Mata-me antes que eu cometa adultério aos meus princípios
  E faça de mim mesma instrumento de meu suicídio.
 
 
   Marilha Neves
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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