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Poesias-->LuZes -- 24/10/2002 - 19:49 (Eduardo Lobos) |
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LuZes
Susto, assusta-me!
Lusco-fusco, varra
Essa pobreza de alma...
Calma, serena morbidez
De sentir passar
De deixar passar
E deixar passar.
Luminada madrugada,
Tua negritude alvorada
Inexiste. E no olhar triste
E vazio que me sorriste
Não sois nada além deste Eu,
Samba um alguém que morreu.
Apagadas as luzes,
Não sou mais. Não enxergo,
Não sou. E aqui fico,
A nenhuma loucura vou.
Despido de pudor,
Despudorado sem sabor.
Inerte, transparente, inodoro e incolor.
Só eu sei o que não é a dor.
Tantas vezes não a senti.
Tantas vezes coube mentir.
Luzes acesas,
Não ascende o mínimo anseio.
E vejo o sujo, o roto e o feio
Da vida - só me resta o seio
Que agora não mais alimenta,
Não amamenta a alma lenta,
Fonte seca dos meus prazeres.
Desejo humilde vestimenta,
Um pano qualquer pra esconder
Os pecados tais que não sei.
Ou quem sabe água e sabão:
Banhar-me para o teu perdão...
De amar-te ainda hei.
Quero ser o teu perdão.
Perdoa, porca solidão...,
Meu pranto novamente em vão.
Pois quem investe contra a vida
Não vai gozar da imensidão,
Minha poetisa garrida!
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eduardo.du@zipmail.com.br
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