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Poesias-->Legião do mal -- 24/10/2002 - 23:15 (Renato Souza Ferraz) |
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Legião do mal
Autor: Renato Ferraz
06/04/99
No confortável teatro,
Um espetáculo deprimente.
Puro jogo de cena,
De cartas marcadas.
Passam a sacola sem fundos,
O povo paga a conta.
A semana é de três dias de trabalho,
Um contraste com a da maioria.
Na mídia enchem de marketing falando em reformas.
Exigem sacrifícios e despejam maldades.
Pura hipocrisia.; só pensam nos seus interesses...
Seus holerites são recheados de jetons
E outras siglas rechonchudas..
Enquanto o sangue do trabalhador alimenta
Vampiros travestidos de representantes do povo.
Suas aposentadorias são glamorosas.
A do povo cada dia é espichada e minguada.
Férias exuberantes, duas vezes no ano.;
Que aberração!
Investem-se de um manto protetor
denominado imunidade
Que na maioria das vezes
Confunde-se com impunidade
Para cobrir as suas improbidades.
O país segue a cartilha de um novo código
De leis de trânsito,
Enquanto eles guiam na contra-mão da história
Entregando nossa soberania em nome
Do capital estrangeiro.
Respaldando um governo ignóbil,
Títere de grandes grupos financeiros.
A nação é retalhada
Entregando seu patrimônio
Ao bel prazer de um tal mercado,
Vale tudo:
Privatizações de cartas marcadas...
Grampos telefônicos as atestam.
Dossiê de Ilhas Cayman,
Pasta cor-de-rosa,
Sivam, Proer, CPMF. FEF,
Tudo para confundir o coletivo...
O crime de colarinho branco é exequível,
A sonegação fiscal corre solta,
O sistema carcerário público
É um inferno na terra.
Que foi feito para reeducar.
Por que não reeducá-los e a sua prole,
Dando o exemplo?
Ora essa!
Não temos divisões étnicas.
Nem o terrorismo tradicional.
O país é tropical e propício ao progresso.
Não há avalanches nem tectonismos.
A natureza nos presenteou.
Falta-nos patriotismo!
O povo é solícito ao trabalho,
Parece que ainda é escravo...
Paga pela sua bondade,
Pela passividade.
Até quando?
Há muito ouvimos
Gritos de alerta.
O povo continua impávido
Com quinhentos anos de domínio.
Ora pelos patrícios,
Ora pelo coronelismo e sua elite.
Não queremos alforria.
Precisamos conquistar nosso ideal,
O mesmo de Tiradentes.
Vamos semear a reação
Sem guerra, nem violência.
Com o voto esclarecido
Destronando essa casta viciada,
Que se se diz com vocação genética política
Sem se importar com o interesse geral.
Vive-se o holocausto
Com meninos de rua entregues à sarjeta.;
Índios camuflados, pisoteados e explorados.
Doenças de séculos passado retornam para alegria de alguns.;
Festa com o dinheiro alheio!
Velhos e aposentados são escurraçados,
desamparados pelas leis e planos de saúde.
Os jovens à mercê das drogas por falta de leis severas
Porque atentam contra interesses escusos.
A saúde e a educação morrem à míngua.
Que tristezaa neste instante...
Ò pátria amada, Brasil!
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