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Poesias-->2.O DIA -- 28/10/2002 - 07:05 (wladimir olivier) |
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I
Quando Jesus nos disse que no Inferno
Estariam as almas infelizes,
Foi para darmos novas diretrizes
Àquele anseio íntimo do eterno.
Não quis Jesus ser causa dessas crises
Que nos assaltam quando corre o inverno.
Ninguém seria, como ele, terno,
Na explicação segura das raízes.
O povo precisava de figuras
Que firmassem na mente seus princípios,
Por isso, promovia suas curas.
E que melhor remédio para os vícios,
Para levar cuidado às criaturas,
Do que acenar com duros sacrifícios?
II
Na explicação dos itens do Evangelho,
Kardec pôs de lado a maldição
Que o Cristo lançou contra a tradição
De não dar frutos bons até bem velho.
Não mereceu tal árvore perdão,
Pois a ilusão do verde é destrambelho,
Que a fome não se mata com conselho
Mas pela herança que os trabalhos dão.
Talvez seja exagero desta gente
Dizer que Denizard se esqueceu
De pôr a limpo o ponto que se sente
Como terrível falha do Judeu,
Que quis configurar, exatamente,
A quem na vida apenas prometeu.
III
Não temos pretensões às obras-primas,
Mas que sejam os versos muito claros.
Sendo assim, não requeira termos raros.;
Tão-só finais que tragam simples rimas
Já se perdeu o tempo em que, preclaros,
Aspirávamos mais do que as estimas,
Porque, na glória dos excelsos climas,
A vaidade não há de ter reparos.
Falamos hoje apenas de Jesus,
Que a todos nós nos trouxe a salvação,
Buscando compreender a triste cruz
De quem beirava já a perfeição,
Mostrando que a lei toda se reduz
A ter amor ao Pai, de coração.
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