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Poesias-->Contramão -- 30/10/2002 - 01:39 (Renato Souza Ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Contramão





Na casa onde moramos

Todos têm seu papel a desempenhar:

O beija-flor, com seu simples gesto.;

A formiga pacientemente.;

E a abelha a nos ensinar...



Ora, o trabalho é inerente à condição humana.;

Condicionalmente pela própria sobrevivência!

Como justificar um projeto humano que o exclui da ação?

Eis um desafio nos dias atuais, com o avanço da tecnologia.

Estar desempregado é como um ser pedinte.;

Mendigar do bom humor da estressada sociedade.



O trabalho é a identidade de um ser.;

É mister que o homem alavanque o progresso

Desde que reciprocamente este se reflita para o bem comum,

Como o é, o fruto de uma incauta árvore.

O desemprego do homem, sem justa causa,

É a sua falência como maestro dessa grande orquestra.





Nada mais dignifica o homem que trabalhar.;

Estar a serviço deste grandioso e misterioso projeto de vida.;

Que nos foi legado sabiamente.

Mas o que vemos é uma inversão desta ordem.;

É a sumária exclusão de uma massa crescente de homens

Das suas atividades, aumentando os índices de miséria...





As filas de desempregados,

Atrás de vagas, poderiam ser algo natural.;

Se estas existissem.

Mas o que assistimos é humilhante.;

Terminantemente deprimente.

É um beco sem saída.

Como uma ferida aberta que não sara.





Estamos globalmente encurralados,

Com tanta riqueza, servindo a tão poucos.;

Subtraindo cada vez mais o essencial humano

Em detrimento de um pomposo desperdício de poucos que detêm o poder.





Um homem na sua fundamental forma de viver,

Constituindo uma família, com seus compromissos básicos,

Não pode sentir-se desempregado e inútil por exclusão...

Ao ver olhos pedintes e a mesa vazia,

Privados da própria sobrevivência.;

Clamando pelo essencial, a comida!

Chora ferido mortalmente.

Não há palavras que o console.



Um organismo internacional poderia criar prioritariamente

um mutirão do emprego.; um sistema cooperado sem fronteiras...

Todos contribuindo.; daria mais quem mais possui.

Com menos armas e cada vez mais escolaridade.;

Mais moradia e menos cargos supérfluos nas estruturas do poder.

Mais saneamento básico em troca de um ostensivo desaparelhamento das máfias da droga.

Menos juros altos para poucos e maior combate à sonegação de impostos dos abastados

Criar-se-ia um imposto para os ricos, em prol da criação de uma escalada de empregos,

Monitorado por um órgão máximo, sem tutela, para administrar o desemprego.



Com ações contundentes diminuir-se-ia a miséria

E o homem retomaria as rédeas do seu galope.

O tempo urge!

Haveremos de encontrar a solução.





Renato Ferraz

16/05/99







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