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Poesias-->Uma tragédia grega na sociedade ocidental -- 02/11/2002 - 10:40 (Sidnei Olivio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma tragédia grega na sociedade ocidental





(Pra não dizer que eu não falei da ecologia)





Abstratamente driblo a ética

como um atleta retórico

no campo quase erótico do consumo.

A dialética é obtusa

e aqui não comporta:

o shopping, eis a minha porta! &
61630.;



a entrada de todas as letras &
61630.;

sou poeta:

a mídia é minha escola e ciência,

minha bola, deusa-musa

que inspira desconhecidos desejos,

descobertos nas prateleiras da conveniência.



Sou ditador:

controlo esse mundo!

Mas na ânsia do domínio

me torno dominado, dependente,

fascinado, quase escravo

das forças artificiais.



Sou ocidental:

não há nada que me oriente

(nem livros cabais ou estrelas cadentes),

senão, a razão que une

a satisfação do descartável

na globalização dos costumes.



Sou polífago:

o que me importa é o que como (sem premoção ou prurido) &
61630.;

parques, reservas, florestas inteiras,

aves do paraíso, animais em extinção &
61630.;

o natural é somente o que desejo

e o que desejo, pode ser substituído.



Sou tecnocrata:

sobre a mesa de aço e prata

edito minha bravata

e decido as leis do jogo &
61630.;

à quem a vida vale a pena,

quem é gente, quem é povo.

Sou asceta:

não creio em criação

nem me relaciono com o princípio,

pois sou antropocêntrico

em sintonia com o presente,

a história é nonsense...



E o futuro à Zeus pertence!



s.olivio

dezembro/2000

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