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Poesias-->NA MAIS ALTA HORA DA NOITE, QUANDO O SILÊNCIO É... -- 22/07/2000 - 08:34 (Carlos Alberto de Souza Quintanilha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SALVO CONDUTO DO REPOUSO, DA LOUCURA.



O estalar da bolinha amassada de papel,

como quem quer abrir-se

a seus sonhos e chegar junto ao meu ouvido...

Valho pouco.

Menos do que as batidas dentro do meu peito,

e menos ainda

do que o seu olhar de amor e beijos de carinho.

Valho a ninharia dos trocados no bolso do mendigo

e nada

do seu olhar mais dígno, ferido.

Valho a luta suja de comida pobre

que desce podre pela sua garganta

e estaciona, se acimenta, no seu estômago.

Voltando a você,

não valho suas palavras de ternura

nem seus gestos de consentimento

não valho sequer aquele momento com fantasia

em que mais alegria você me deu

quando disse o que sentia... por mim...

Não valho meu fim menos heróico ou estoicista.

Não valho nada... nunca... o mundo... as razões...

Não valho seu toque cravado de sentimento

suas promessas, seus desejos mais sonhados e ardentes.

Não valho nem minha realidade por dia imprensada n uma falsa alegria fina.

Não valho o talvez nem o quem sabe

não valho o corte interrompido do destino

que falta a falha,

talha o meu ventre.

Nem o sangue que verte lento

em quem o tem pouco, precioso.

Não valho o ronco rouco da sirene

nem o lençol quase limpo da maca

as facas, os bisturis, as dragas...

não valho as marcas do tempo

nem o silêncio...

nem o silêncio...

Nem o silêncio dos seus lábios...

Dos belos e lindos lábios seus.

01.09.1978 - sexta-feira.

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