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Poesias-->De mágoas e labirintos ( Na trégua de enxurradas) -- 25/07/2000 - 16:53 (Régis Monteiro) |
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Tiro as pedras do caminho
para os outros viajantes
o agora deles, na estrada,
não enxergará o antes
Salvo formigas - a chuva,
para elas, um dilúvio,
desses mares poças d água
do mundo - eito difuso.
Mas não salvo a própria mente
das tormentas mais antigas
Que, de velhas, deveriam
estar amarelecidas.
Pois cada uma pressente
o parentesco com todas,
e as mil mágoas de minha mente
(mamãe!) me põem na roda.
E estas marcas de desejos
(melhor dizer cicatrizes)
são tatuagens sem calma
nos meus dias infelizes.
Tartarugas centenárias
com pretensões de imortais,
remordimentos rugosos,
carapaças fractais.
Ajudo andantes, formigas.
Mas me incomoda o que sinto:
sonhos, sangue, risos, dores
são irmãos dos labirintos.
E que são estradas, normas,
formigas, eu, sentimentos,
viajantes, nomes, formas...
ante a vassoura do tempo?
E quem perneja na água
talvez seja eu ainda,
um viajante e suas mágoas.;
se não infernais, infindas.
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