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Poesias-->A MORTE DO POETA -- 19/11/2002 - 15:46 (Jeovah de Moura Nunes - 1) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O sofrimento pertence a quem

E´ deveras cuidadoso.

E´ inerente ao ser humano que tem

O raciocinio habilidoso.



Nao ha´ como discernir

o roteiro da emoçao...

se tende a perseguir

as batidas do coraçao!



Jovem coraçao atropelado

E afogado pelo desespero

dos sofredores, em congelados

Viadutos, ou na tortura do esmero.



Nao e´ por acaso

que vivo a desesperança

do porvir...



Nao o meu porvir,

cujo desfecho ja´ conheço.

Mas, o porvir

Do meu pais,

que desconheço.



Nao sei se caminhamos

Para o norte ou para o sul.

Se a latrina que sonhamos

Fica la´ no distante sul,

Por certo a fossa esta´ no norte,

que tanto desprezamos.



Pensar no Brasil e´ perigoso.

Se pensamos em denunciar,

Com certeza seremos cuidadosos.

Ao denunciante o juiz vai condenar.



O pobre que denuncia,

Vira desconhecido presunto.

E isto acontece todos os dias:

os denunciantes morrem juntos.



So´ os canalhas sao abençoados

Na patria do evangelho,

Os humildes serao amaldiçoados

Em meio aos conselhos dos velhos.



Poetas foram mortos

Nas "bodas de sangue",

Seus versos nao eram tortos

E defenderam ate´ os mangues.



So´ os poetas apaniguados,

De seus politicos protegidos

Sobrevivem aos recados,

E seus versos sao erguidos

Em pedestais imaculados.



Ter opiniao propria no Brasil,

Mesmo ao sabor

De uma tal democracia,

E´ o mesmo que encarar o fuzil

Da intolerancia dia apos dia...





Alem disso, o poeta encalha

Tanto no sul como no norte,

Quando aponta o canalha

Acaba sendo apontado pela morte.





27.agosto.2001

do livro "Bar, Cachaça e Poesia"

(Jeovah de Moura Nunes)
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