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| Poesias-->Um passeio no meu mundo... -- 21/11/2002 - 15:53 (Nilton Pinheiro Lôbo) |
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Tanta chuva...
Fico preocupado com você,
Pergunto com quem irá conversar,
Expondo as tristezas que lhe incomodam.
Posso parecer paternal, talvez...
Não é bem esse o caminho...
Eu me preocupo com o símbolo,
Da eterna candura,
Tão doce quanto o mel,
Que escorre a minha frente,
Numa pequena arvore morta.
Com quem irei me queixar,
Quando estiver intranqüilo
Com este progresso impensado...
Precisarei de companhia para mostrar
As pequeninas e eminentes flores,
Que encontro espalhada pela terra.
Deve estar pensando neste momento:
- “Este rapaz é louco”. Talvez...
Acredito que o segredo da vida,
Está na arte de viver com a natureza,
E compartilhar a alegria
Com quem pertence a este precioso mundo.
Partirei neste momento para a ilusão,
Vem comigo... Deixe o mundo, agora...
A cada leitura, a cada frase...
Imagine uma névoa, E dentro dela uma luz,
Deixe a luz chegar perto de você,
Nela existe um mundo,
Em cada canto, flores de cores vivas,
Pássaros voando ao seu redor,
Cantando a sua graciosidade,
Exaltando a sua beleza e alegria...
Perceba o riacho a sua frente,
O monte cospe água
Que desce em cachoeira,
Tão cristalinas como os seus olhos...
Peixinhos vêm a tona,
Querem sentir o toque das suas mãos.
Trago algumas flores...
Elas representam palavras que não mencionei
Valem como uma bem vinda ao refúgio
Da natureza que guardo em minha mente...
O perfume que delas exalam é contagiante
Chama-se alegria, lhe invade a alma...
Vejo o sorriso escorrendo nos seus lábios...
Saímos a caminhar,
Olhando as surpresas a nossa volta,
Você nota uma gaivota,
Penso em Fernão Capelo e sinto a liberdade...
Ah! Como é bom voar...
Sentir o vento batendo na face,
Os cabelos esvoaçando, vibrando...
Melhor ainda é voar parra qualquer lugar,
Ir a qualquer planeta... Conhecer o Universo,
Entender que o amor está bem juntinho,
No mesmo caminho...
Como as flores no jardim,
Sempre abertas, exalando emoções,
Até murchar, decepcionadas com o mundo...
A cada passo aprendemos os sentidos,
Estamos descobrindo a vida,
O doce momento de ser criações
Do Senhor Poderoso...
Encontramos a areia alva e algumas conchas,
O mar está calmo. Um verde manso...
Convida-os a molhar os pés...
Você comenta sobre a vastidão do mar,
Os pequeninos seres marinhos nos observam...
Sua beleza cresce ao ver um cavalo marinho,
Suas mãos afundam,
E trocam carinhos com o belo animal
Deitamos nas areias puras,
A procura do silêncio de nossas vozes...
Resta apenas o murmúrio das ondas do mar...
A natureza é pura arte...
Que se estende ao céu, nas nuvens...
Num trançado faustuoso, em carneirinhos...
Enchendo seus olhos de resplendor.
Procuro captar a sua transcendência,
Você parece voar no infinito...
O azul do céu reflete nos seus olhos,
Você parece alcançar o intimo...
O seu intimo, o átomo de tudo...
Você é a mais bela, a mais natural,
Acho sublime essa felicidade,
Compondo o seu florescer...
Temos uma jornada pela frente,
Quero que o tempo pare,
O Sol está partindo, é pulcro...
Nos seus olhos azoinados eu vi o Sol se por
Cada momento, cada cor que abraçava,
As nuvens andarilhas...
Um piscar revelou lagrimas,
Meu sorriso se fez,
Perante a sua vasta emoção...
Acarinhei os seus cabelos,
Melífluo... Tal qual à noite ponteada
De brilhos misteriosos...
O mar murmura ondas frágeis,
Que se desfaz perante as areias...
É inefável o seu jeito tênue,
As palavras que vem dos seus lábios capitosos...
Atiça o meu anelo de poesias...
Eu transformo as fantasias,
Em curtas realidades...
Mas a você eterna princesa,
Deixo as fantasias correrem,
Infinitas... Reais,
Tomadas de energia radiante,
Que em contato com a sua pele macia,
Transforma-se em favos de alegria.
Ficamos tão deslocados do presente,
Que nem notamos a Lua dourada,
Ganhando o céu como galharda
Pelo espetáculo deslumbrante...
Hei de trazer o véu que cobre a Lua,
Quero envolvê-la com áurea cândida,
Você será a noiva sublime...
Para um casamento com o Universo...
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