LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Poema sem tempo-espaço -- 21/11/2002 - 22:38 (Sidnei Olivio) |
|
|
| |
1
Lento:
Tempo.
Vida.
Lida.
2
Tempo.... vida... LIDA... tempo...
3
ÁGUA.
Lago.
Hidro.
Vida.
4
Vidro:
Tempo ido:
Anidro.
5
Cada minuto que passa
no tempo que se percebe
cai no lago que se bebe
e no tempo se disfarça.
Se pusermos uma mordaça
n’água que de si escorre
nem assim o tempo morre
ou sequer se evapora...
– O tempo morre na hora
em que a vida se estilhaça?
6
A vida encerra o momento
– tempo de reproduzir,
lida de restituir,
nas vidas, o pensamento...
Cada segundo: um momento.
Cada momento segundo
indo pro lago fecundo
é, na verdade, o primeiro
filho do pai derradeiro
– eterno renascimento.
7
A vida é como uma vidraça
que brilha... guarda... que embaça...
Quem sabe seja uma taça
sorvendo o tempo que passa...
Ou talvez uma barcaça
de vidro sobre o profundo
lago que contém o mundo...
O que sei vale por ora:
o tempo escorre na hora
em que a vida se estilhaça.
8
Veio da água
a vida veio
e até hoje se mantém
um veio d água
veia via vida
contém
a vida ávida de água
a água cheia
cheiro chuva
de vida.
9
O tempo é um cometa ultra-sônico
relâmpago diário/pêndulo a jato
difícil manter-se nas horas
sorver os minutos
gota
a
gota
na maré da vida.
Num ritmo alucinante
os anos passam, a idade...
término-início tão inseparáveis
que é quase impossível distinguir
aurora e crepúsculo
neste sonho real.
10
Quem pode medir o tempo
pela régua do destino?
Quem, senão o autor divino
pai das águas e do vento
criador do firmamento
fabricante genuíno
de um sistema pequenino
que rege todo o universo
comprovado em prosa e verso
chamado renascimento?
11
Quem medirá o calor
e a luz do quinto elemento
que percorre o firmamento
dos olhos do trovador
no sopro do criador
– fabricante genuíno
de um sistema pequenino
(molecularmente imerso)
que rege todo o universo
contido em todo menino?
12
Os tempos que estão na Terra
são água em outros planetas.
É no núcleo dos cometas
que o tempo em gelo se encerra.
Liquefaz-se quando enterra
seu semblante na latência
dos mundos em coexistência
– eterno derramamento.
O tempo e os seus comprimentos
dependem da consciência.
13
É na soma de momentos
que o tempo se faz senhor.
O desprezível vapor
que desce do firmamento
é soma e desprendimento
preenchendo o mais vazio
leito com seu poderio,
derramando-se em três planos.
A gigantez do oceano
depende dos tortos rios.
14
São gotas d’água que marcam
o tempo dentro da gente
e a seca e também a enchente
e a alegoria da arca.
O tempo é o ente que abarca
tudo e todos em um maço,
feito a matéria do abraço.
Sei que em cada nascimento
repete-se o grão momento:
tempo-vida... tempo-espaço.
_______________
Poema sem tempo-espaço (em construção).
Autores:
Paulo Robson de Souza, Campo Grande, 1998 / 2002.
Sidnei Olívio, São José do Rio Preto, 2002.
|
|