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Poesias-->27.O DIA -- 22/11/2002 - 06:44 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



As táticas do humano bem-estar

Incluem as malícias do dever,

Que a Pátria há de exigir de cada ser

Que renegue a promessa ao pé do altar.



Se tudo fosse feito em bem-querer,

O amor sempre teria o seu lugar,

O evoluir seria devagar,

Mas todos com seu tempo p ra crescer.



Deste jeito em que as coisas todas vão,

A parte material traz desvantagens

E todos querem logo um bom quinhão.



E qual é a mais vista das mensagens,

Através da sutil televisão?

O aparato do luxo nas imagens.









II



Nós somos motivados a acusar

A triste condição de quem falseia,

Não tanto porque a coisa seja feia,

Porque o homem recua devagar.



É útil, quando a gente cambaleia,

Que haja quem nos venha auxiliar.

Assim, quando se chega a este lugar,

Sentimo-nos aranha em linda teia.



Aí, nossos leitores vão dizer

Que é fácil ditar normas de cadeira,

No olvido que tivemos de sofrer,



Por ter levado a vida em brincadeira,

Pensando sobre a sorte ter poder:

Agora vai ouvir-nos quem não queira.









III



Nas vascas do estrebucho derradeiro,

Os homens se arrependem finalmente,

Porém, quem morre cedo pouco sente

Que a lei do puro amor é o bem primeiro.



São poucos os que dizem excelente

O rumo dessa nau o curso inteiro,

Logrando decretar um paradeiro

Aos vícios que atormentam sua mente.



Voltando dessa vida para o etéreo,

Recusam-se a aceitar o julgamento,

Pensando, como aí, não seja sério.



Esteja, caro amigo, bem atento,

Que o muro que lhe cerca o cemitério

Não sirva de limite ao seu alento.









IV



Suspeitas vão surgir que o rude verso

Não sirva p ra nutrir doce esperança

A quem passa por santo, nessa andança,

Sem ter um pensamento só perverso.



Porém, quem, nesse mundo, mais avança

Percebe em pobre orgulho estar imerso

E julga o nosso ponto incontroverso

E sempre faz o bem e não se cansa.



Existe quem não queira trabalhar,

P ra não mostrar ao Pai qualquer fraqueza,

Sem ver que é a imperfeição que o faz falhar.



Ninguém vai exigir-lhe uma proeza:

Apenas que caminhe devagar,

Até chegar, um dia, a esta mesa.









V



Parece tão distante o que propomos

Que até a nossa turma sente medo

De estar a exibir o etéreo cedo,

A quem só quer colher, na vida, pomos.



Porém, não há fugir do certo enredo,

Pois criaturas lúcidas nós somos,

Sabendo que as laranjas têm seus gomos

E sumo, quer bem doce, quer azedo.



As luzes que acendemos nesta vida

Não hão de ter efeito para o cego,

Que existe sempre quem de nós duvida.



Mas como duvidar que houve prego

Que recebeu de alguém dura batida,

A pôr Jesus na cruz? Diga: — “Eu me entrego!”









VI



Em áspera jornada, nós chegamos

A passar a idéia de labregos,

Mas como sustentar nossos empregos,

Sem frutos a vergar os nossos ramos?!



A vida não tem só doces chamegos:

Existem servos, como existem amos.

Assim nós compreendemos que lhes damos

Alguns motivos para bons achegos.



Nossa tarefa exige competência,

Boa vontade e forte disciplina,

Pois versejar, no etéreo, é conseqüência



De muito estudo sério da Doutrina,

Que Allan Kardec transformou em ciência,

Segundo as leis que o Mestre nos ensina.



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