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Poesias-->EU E O AMOR -- 23/11/2002 - 15:18 (Gilberto dos Santos Grissutti) |
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Certa vez o amor me encontrou,
eu nada percebi,
mas ele, insistente, fez –se notar
curioso resolvi conhece-lo.
Surpreendi-me ao vê-lo sorrir
e de braços abertos
me acolheu,
eu , sedento, o beijei.
O amor entregou-se todo,
querendo que eu fosse
a metade que lhe faltava,
temeroso, recuei.
Ante minha indecisão,
confirmou que me amava,
com tanta segurança, que não resisti.
E a ele fui recíproco.
O amor radiante e sincero
trasbordando de felicidade,
certo de estar sendo correspondido,
julgou ter encontrado o que procurava.
Eu descrente do que acontecia,
Questionei-me:
O que fiz? Seria capaz de iludir
Sentimento tão puro?
O amor sem desconfiar de nada,
mais entusiasmado ficava.
Mas ,consciente de que um dia,
Eu, poderia vir a magoa-lo,
com o coração apertado,
necessitava de uma certeza.
Querendo certificar-se de que
o que eu sentia era verdadeiro,
o amor questionou-me:
me amas a ponto de olhar nos meus olhos
de tal maneira que consigas ver a minha alma e dizer sim?
Eu com os lábios comprimidos
e de mãos tremulas, disse não.
Não posso ver sua alma através de seus olhos,
porque o que sentes é infinitamente maior
Do que tenho para lhe dar.
O amor suspirou como querendo falar,
em silêncio e com uma lágrima presa
deu-me as costas e partiu.
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