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Poesias-->SONETO AMATÓRIO DO DESENGANO -- 24/11/2002 - 01:37 (RICARDO MATOS DAMASCENO) |
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O amor não se resume à desventura
De saber tão distante o ser querido.;
Pode às vezes trazer-nos amargura,
Levar-nos a querer nem ter vivido.
Se de amor nosso peito se enclausura,
Para não ser depois correspondido,
Que nos resta, afinal, senão tortura
E a dor de, sem ganhar, já ter perdido?!
O amor, se gentilmente nos encanta,
Ao fazer da profana a coisa santa,
Assim também nos fere e nos maltrata.
Amar é consagrar-se à amarga sorte
E, em tudo quanto existe aquém da morte,
Sentir inutilmente a dor ingrata!
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