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Poesias-->META-EXISTÊNCIA -- 24/11/2002 - 03:04 (RICARDO MATOS DAMASCENO) |
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Ergo-me de sobre as coisas,
Sentindo peso de ser humano:
Viver.
Retorno à origem do ser humano,
Antes humanamente ininteligível.
Ei-lo despido sem pudor impuro,
Ei-lo como deve ser.
Senti-lo no ventre úbere do mundo,
Vaporizado em luzes indeléveis.;
Vê-lo exprimir-se como pode à vida,
No eterno parto de si mesmo.;
Desentranhá-lo do obscuro extremo
Em que se opostamente oculta:
É vê-lo como deve ser.
Feira, 18 de agosto de 2002. |
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