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 | Poesias-->Agora Tudo São Ruínas -- 24/11/2002 - 12:33 (KaKá Ueno)  | 
	
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"Agora Tudo São Ruínas"
  KaKá Ueno...24 11 02.
 
 
 
 
  O peso oco da cabeça...
  Renascido da fraqueza!
  Transforma o castelo em ruínas...
  Do consumo destroçado.
  Nas margens das etiquetas.
 
 
  O som da taquara:
  num fino e leve recado,
  no ranger do bambu...
  A fúria do silenciar,
  no breu da meia noite...
  vagos seres vagueando.
  A morte aguarda adornada.
 
 
  Os insetos sem asas:
  sem mente e sem cabeça...
  Agora tudo são ruínas...
  Há um espaço: 
  vazio em minha alma...
  e outros em minha vida!
  Que a tanto te aguarda.
  Assume-me:
  tantas coisas foram perdidas, 
  e outras ainda guardadas, 
  que ainda não descobri!
  Talvez um amor que falta.
 
 
  Hoje, num instante de dor:
  minha solidão encontra, 
  um chamado de viver...
  Ouvi um som me chamar:
  tudo era dolorido...
  sem vida, 
  sem cor,
  e sem sentido!
  Era a dor do amor!
 
 
  O canto da melodia, 
  magoando a minha vida.
  Me alertando, 
  e me fazendo entender:
  onde esta o sentimento, 
  que me fazia sofrer.
 
 
  Sinto que o amor me chama...
  Ele se aproxima: 
  parecendo o fogo em chamas...
  montado nas asas do vento...
  sem equilíbrio:
  tão imaturo e inseguro...
  E quando acordo ele se cala.
 
 
  Então volto a dormir: 
  continuo ouvindo a voz, 
  do amor a me chamar...
  Quando acordo:
  há um ecoar...
  Perdida busco-o:
  mas, ele não esta lá.
  Parece ser o vento, 
  trazendo-me um recado...
  Acorda vem me buscar.
  E eu não sei o lugar...
  Nem como encontrar.
 
 
  Então fingi-me de dormir:
  a qualquer momento ele vai voltar.
  Sei o que sinto e não sei explicar.
  Seria como pegar o vendo no ar...
 
 
  Ele me sente:
  me persegue...
  Me ouve:
  me atormenta,
  e não me liberta...
  Parece um amor que só quer brincar.
 
 
 
 
  KaKá Ueno...24 11 02.
 
 
 
 
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