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Poesias-->Meu avesso- Poetas & Poetas -- 24/11/2002 - 23:50 (Maria Thereza Neves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu avesso



(IsarMariaSilveira)



Quem é essa desconhecida

que miro através do espelho?

Não costumo usar esse personagem

Como se atreve a invadir meu espaço

tomar meus rumos e vomitar leis?



Quem é ela que assim me olha

que me desnuda, que me rasga

provocando emoções e dores?



Quem essa mulher

embriagada de sonhos e vida,

abrindo espaços, cortando caminhos

querendo lutas, renascendo,

abrindo asas, florescendo?



Quem é ela?

Viajante de outra estação

aporta em mim

desperta

desalinha

decide

deseja

desvia

discorda

dita...

Maldita!



Meu avesso

JF/23/11/2002

Maria Thereza Neves



Quem é esta figura que me leva pelo espaço

que me aporta em todos os mares

e cantos ?



Que me enche de versos e cores?



entope de sons

dos pássaros

de ventos

e chuvas ?



Atrevida,

obriga a fecundar a terra

florescer plantas

enfeitar todas as janelas ?



Será meu avesso,

ou meu direito ?



Como ventania

sou um mar revolto,

totalmente avessa a calmaria

ao silêncio do deserto

ao vento carregado de areia que me cega.



Meu avesso, minha ilusão

sou poeta, artista

ou essa que vive em mim

que debocha,

alucinação?



******



Maria da Graça Almeida



Meu avesso é um mistério.



Vive-me dentro do peito.



Mesmo levando-o à sério,



não o conheço direito!







Meu avesso é complicado!



Mesmo estando tão perto,



-sendo interno tal lado-



jamais o vi descoberto.







Conheço-me tão-só por fora,



não me avisto por dentro.



Ao de fora, dôo horas,



ao de dentro não dou tempo.







Esther Torinho



Eu ao avesso:



do outro lado do espelho



contempla-me com ironia



o lado esquerdo do meu ser



: máscara e alegoria



para o espírito entretecer.;



de um lado meu silêncio, meu lado sério



do lado outro meu avesso



: meu grito,



meu imprompério



minha luta por um novo amanhecer.







Maria Petronilho



Lisboa

24/11/2002



Quem é esta sereia

que se afoga na água

e em terra não caminha

quem é esta mulher

que me habita

e contra mim conspira

que é esta que se vos dá a alma

mas a si se nega

quem será aquela

que em mim protesta

contra a injustiça

mas se mantém escrava

quem me fez com esta

asa de gaivota

que tem ninho na areia?



Para onde irei

que tanto caminho

no lado escuro

da terra

olhando o lado claro

da lua?





Fernando Santos



Quem é a desconhecida

que de noite me aparece

Que me desperta atrevida

E tanto meu corpo aquece?



Na noite escura não vejo

Mas transmite sensações

Que os lábios quentes num beijo

Lembram dois rubros tições!



Serás tu? Mulher poesia

Quem docemente me afaga?

Transmitindo fantasia

Como o vinho que embriaga?



Serás tu o meu avesso,

Que nunca mostro a ninguém?

Serei eu que te mereço

E me mereces também?



Vamos sair deste sonho

Que trago dentro do peito!...

Porque o Outono,... é risonho

Quer seja avesso,... ou direito!!!



Triste avesso

Lilian Capitani



em homenagem aos poetas



Essa que roubou meu ninho

nem sequer sabe voar

Aonde suas asas

que procuram a liberdade?



Prisioneira amedrontada

assim se aninhou

tornando direito meu avesso

que vezo!



essa forte mulher

de medo tão forte

assim se aninhou



e eu que pensava

de tanto voar

o mundo abraçar.



Tenini



Meu avesso,

essa que vive em mim,

que debocha

dos meus medos,

que faz loucuras

e coloca-me

no pelourinho...



Essa que me assanha.

arranha

corações

e se finge de tonta



pra passar bem...

e a mim,

deixando no

maior sufoco !



Nelim Monti



"Avesso ou Direito"



Menina Mulher

Sonhadora

que corre com o vento

contra o tempo

Que voa nas alturas que

brinca com as nuvens

Que chora que ri

que sonha.

Menina Mulher Poeta

que transmuta os sonhos

Anjos de almas translúcidas

que materializam sentimentos alheios

Eterna Menina

que nunca envelhece

Mulher do avesso

Poeta romântica

sonhadora

sofredora.

24/11/2002

Meu Avesso

Lílian Maial





Meu avesso hoje me cobre

bicho-da-seda das minhas entranhas

eviscerada mulher de muitas caras

que assanha os espelhos multifacetados.



Meu avesso hoje me ilumina

e rege meus passos e movimentos

como a troca de pele das cobras

renasço mais eu a cada escalpo.



Meu avesso hoje me enfeita

destilo os brilhos de meus olhos,

o gosto de meus fluidos,

e o cheiro de meus cios.



Meu avesso hoje sou eu,

que me sorrio para dentro

e me aliso os temores,

que me enxergo os defeitos

e me reparo os danos,

que me recolho por opção

ou me exibo por decisão,

que me comparo ao diabo

e me elevo a deus,

que me perdôo e condeno

ao bel-prazer do meu querer.



Meu avesso é dupla-face

tão igual ao meu verso

que custo a entender ao acordar

que em minha casa não há espelhos.



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