Há amor impossível, não me agasalhe mais no colo dessa cela viva.
Não consigo entender e já nem sei como suportar essa agonia... Te amar e viver a intensidade da impossiblidade, de jamais ser correspondido.
Éros, meu amigo, como pôdes ser tão inssensato?!...Qual o meu erro mortal, que tanto ofendeu os deuses, a ponto de relutarem em ouvir os meus apelos, e como se não bastasse a eternidade desse sofrimento, me deixarem a mêrce de um sentimento inespressivos pra minha necessidade.
Já não bastava existir no anonimato absurdo,
Já não bastava viver sem sentido.
Já me basta na hora escondida, nos segredos de nossas palavras e dores, quando a luz nos escuta na penumbra das sombras da noite. A alma, a pobre alma inconsolavel, frustrada por não conseguir acordar o sentimento do amor na mulher de sua história, reclama intermitentemente do vazio, que lhe rechaça os olhos de lágrimas, que lhe enclausura no passado, na pessoa rara, que nunca quis me amar.Deixando o rascunho, a obra que sonhei perdida, entre os escombros dessa vida, como uma das misérias humana.
Ó Deus dos homens, não estou conformado do impossível. E se a morte me visitar, querendo despousar-me pra essa falsa liberde?!... Não, não preferiria ficar vivo, sendo o passageiro dessa agonia, que há anos vem sendo o meu companheiro absoluto.
Ah meu amor, como é difícil encontrar e se encontrado.