Terra em seu súbito delírio agonizante chama pelo filho do homem.
Terra que pede paz.
Terra do inferno, terra sem luz
Terra tão frágil terra, não atendida, pede a mãe em silêncio o colo pra estancar as feridas.
A terra homem também morre!
Morrer a morte da terra homem que matar a tua fera.
Terra de ninguém,
Terra pra orar,
Pra julgar, cuidar, erguer, fundar e amar.
Terra pra fazer crescer a vida, pra sentir a chuva corricar, fazendo o amanhã, em semente acreditar, que o sonho não é apelo da agonia de quem é homem, prisioneiro da ambição.
Terra é gente
Gente é terra, e terra é revolução.
Terra mata fome com os pés no chão.
Terra madre,
Entre outras terras,
Terra única num espaço de ficção
Somente terra, flor e água pra viver a oração secular da criação.
Terra
Tem que ser parida, regrada a sangue suor e lágrimas pra erguer a novidade, pra fechar a saída, pra salvar a coincidencia simples desse povo nação.
Terra a especie única da geração que o homem veneno, quer extinguir com a sua extinção.