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Poesias-->pirilampos -- 04/12/2002 - 18:06 (gisele leite) |
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as mariposas procuram a luz,
os siris e os caranguejos procuram carne em putrefação,
mariscos se agarram em rochas a beira a mar,
os olhos procuram a luz para enxergarem...
as sombras se agarram aos corpos,
com a sofreguidão de existir
ainda que em pequena treva...
almas se alimentam de lembranças
grudadas no limbo da saudade,
nas marés e nos flashes encantados da memória
os ratos procuram a ratoeira...
as pessoas rumam inexoravelmente para a morte,
para morte cega,
branda,
rápida, lenta, cruel ou casual,
mas sempre morte,
a infinitude se encontra com a finitude
e premia um ciclo vital
onde as mariposas continuam a buscar o calor das
lâmpadas...
os siris procuram os animais em decomposição,
e as almas sentimentos mortos nutridos pela paixão e crença...
a fé nos redemoinhos,
nos tufões, e na calmaria dos ventos e
dos alentos de ninar que ouvimos quando crianças...
lá fora a cigarra inventa um verão,
e o homem inventa a poesia
para resistir e registrar...
regsitrar e resistir,
com música, surdamente,
imerso e produndamente vivo, vivificante
e eternamente marcante
somos todos pirilampos
dotados de uma pequena e finita luz
que significa toda uma existência. |
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