Em silêncio o fim de tarde repousa rascunhando com as mãos as raízes desse momento sob o manto negro...que agasalha esse mundo ao redor.;
Que cala às horas em meio tom de segredos jurados à alma inquieta, versando na ânsia do corpo, o beijo profundo, como alívio da saudade de mais esse distante dia .
Nesse imenso universo, entre a luz púrpura da luz , que brota de um fim, que vem de um além, que rompe o breu, que entre ferros e paus viaja rumo a um futuro...tão incerto quanto puro, meu sentimento desperta e aflora sob a sombra da morte, que essa noite a começar onde nos perdemos...lateja, envolve e queima.
Quão sozinho o tempo me faz vagar.;
Quão ingrata sina será, se quando os teus olhos me chamar. Imaturo, apagar a luz e adormecer nos seios mártires da pátria a vontade de te amar.
Bem sei, é certo, que o trem avisa, sem saber que é terça noite, e a lua é nua testemunha do sofrer e do querer, que este palco frio, com flores anônimas, de hálito agreste, iluminam sem par, o despedir ou o caminhar enlouquecido dos meus dedos longos sobre a pele cheirosa e macia desse corpo de mulher, que envenena-me neste fim de século.
Quão pergunta sem resposta, meu senhor...
Meu coração, pelos rios que nos cercam, pelos céus que nos sufocam.; meu amor... jamais deixe-me morrer na solidão dessa poesia humana. Pois te encontrar, apesar de certas lágrimas no papel, cada amanhecer hoje, só é possível, pôr ver entre as flores.; pôr acreditar que a estrada existe, em cismar o sonhador, a possibilidade de existir do fim, o início.