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| Poesias-->Pode entrar -- 11/12/2002 - 23:03 (METIDO A POETA) |
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Pode entrar, vem para a sala,
não fique na varanda, nem me olhe de longe.
Venha sem medo, queira meu segredo,
seja dona de mim, a casa é sua.
Já fui desprezado, trocado, desacreditado,
mas continuo o mesmo, eu quero apego,
conivência, cumplicidade, compartilhar,
mas quero a verdade, nunca falsidade.
Estou aqui livre e esperançoso,
sou muito amoroso, te quero pra mim.
Meu ópio é a paixão, sou todo coração,
sem razão, nem pés no chão.
Trabalho e sobrevivo, planejo melhoras,
aceito opiniões, discuto minhas questões.
Detesto machismo, continuísmo, mesmice.
Sou sem hipocrisia, maresia, meninice.
Eu tenho um mundo meio exótico e maneiro.
Eu vou sempre fundo, sou erótico, faceiro.
Sou carioca sem ginga, não gosto de samba,
mas sou bom sujeito, e aprecio um bamba.
Futebol era bom, mas chegou a televisão e
não tem gol roubado,
é tudo filmado,
juiz não é xingado,
jogador muito programado,
o drible acabou,
O estádio esvaziou,
a paixão esfriou,
violência imperou.
Você é meu veneno e eu fico tão pleno diante de você.
Em sonhos deliro, eu muito admiro seu jeito de ser.
Vem achar sua graça, namorar em minha praça, beijar-me na boca.
Vem dançar para eu ver, eu quero fazer , deixar-te toda louca.
Metido a Poeta
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