Foi, aliás, Borges com seus pergaminhos o nosso cicerone na vontade de amar sobretudo.
Então fica incrustrado no silêncio e no véu exterior a nossa solidão.
Permeada de impossibilidades o vácuo de amor que tornou-se a vida.
Seria possível? Envolta em labirintos a danada.
Bom, mas vamos então ao Belo:
Ficou pra mim, perdido e achado, um anel de coquinho.
Que cisma em permear meus dedos. Um anel escorregadio, que vai e volta e dança. Como teus ombros naquela noite derradeira. Como tuas vestes voando por sobre a cama.
E isso ocorre neste dia fatídico do teu retorno. São alguns meses, outros amores e a mesma estação.
Meus pés continuam gelados e os teus quentes.
Borges o nosso ciclo. A nossa biblioteca, incompleta. No meu peito um tigre arranha.