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Poesias-->Cor sem cor -- 17/12/2002 - 12:11 (Javier Martínez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na madrugada das cinzas

o cigarro à espreita

a realidade confundida

o relógio vazio

o corpo futuro.

Cinzas do sul pobre e faminto

do norte ambicioso

dos conflitos leste-oeste

das bússolas histéricas

da carnificina celestial.

As cinzas mais cinzas em março

em janeiro pasmo, em aquário

entre pálidos invernos

de verões de fogo insano

e estações sem sossego.

Resquícios de um mundo otário

de vulcões e avenidas

de quebradas, de prefácios.

Chora a chuva nuvem cinza

o mar se evapora, cinzas d’água

o sangue coagula, vermelha cinza

o sertão, cinza de terra apagada.

Cinzas podres, cinzas velhas

cinzas frias, cinzas gastas.

Na madrugada das cinzas

as cinzas viraram cinzas

não há mais nada há dizer

a palavra virou cinza.
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