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Poesias-->O ser adeja imponente... -- 18/12/2002 - 15:06 (Nilton José Mélo de Resende) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Ser adeja imponente

e desnudo e circunciso.

Abre a boca e se afigura

um terceiro sol na face.

Preparo as fundas de jade,

arremesso-as em seu rosto.

Do olho vazado bebo

marfim-lava, eu gozoso.

Inteiriço, também triste,

ele me fita, insone.

E tremido eu lhe cravo

minhas garras em seu corpo.

Em meu rosto esfrego carne:

uns nacos e muito sangue.

Minha pele se avermelha.

E a língua lambe, lambe.

Que queres? — Ele pergunta,

rasgando-se Ele no peito.

Se me queres, podes ter,

nós tão um ao outro afeitos.

Não queiras esses pedaços,

não os queira tão somente.

E mostra-me um coração,

sereno e fulgurante.

Vem e toma, que é teu

— diz-me Ele em mudo semblante.

Dou-lhe as costas num volteio,

retirando-me alteroso,

a face inteira transida.

Não me chames. Eu sou morto.

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