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Poesias-->Versão de Amor -- 01/08/2000 - 16:13 (Eduardo Coleone) |
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(paráfrase de "Versos de Amor" - Augusto dos Anjos)
Antes parece bom, no tom.
Descasco-o, provo-o. Ah, que ilusão!
O amor, amigo, é algo disforme, sem refrão
A boca burla até no gosto do batom
Provei seu mel sem ser cobaia
Logrou-me minha professora
A vida é uma impostora
Pega-nos sempre em justa saia
Este amor que hoje amo
Não é o mesmo de outras gentes
Puro e tolo, me faço crente
O amor, assim, faz-se profano
O amor possui dessemelhanças
E amo eu uma pessoa
Que outrossim amor entoa
Porém, bailando outra dança
Amar não é tarefa afável
O amor é patrão rigoroso
Que dá o fel e fica com o gozo
Tornando-se, assim, tão inviável
Ciência demente, teoria insana
Não é biológica, tampouco exata
Quem repete a dose é pessoa insensata
Taí o porquê que uma vez só se ama
Para reproduzir tal sentimento
Daqui por diante, com grande atenção
Tal qual Dumont - inventor do avião
Vou inventar também outro instrumento !
O esperanto do amor falarei às multidões
A esperança, última vítima de toda história
Ganhará nova forma e semblante de glória
Instaurou-se a Grande Revolução dos Corações !
Enfim, acordando, voltando a esse plano
Meu podre coração roto não role,
Integralmente desfibrado e mole,
Apenas te amo. É, eu te amo.
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