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Poesias-->Quase por acaso -- 01/08/2000 - 16:17 (Eduardo Coleone) |
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Quase por acaso te conheci,
apareceste fortuitamente diante de mim,
quase por acaso olhei-te um dia,
alegria dos meus olhos, desespero do coração,
quase por acaso quartejou-me imaculável,
quarteirões de insônias nos dias seguintes,
quase por acaso, mas com endereço certo,
com hora marcada e testemunha de honra,
quase por acaso, quase insano, racional
o aval divino de desviar um caminho já tortuoso,
quase por acaso, mesmo por engano, trouxeste a chibata,
sentada sobre seu mundo seguro, talvez obscuro,
quase por acaso desferiu uma mil e outras tantas chibatadas
olhou-me piedosa, assustada e já não mais era carrasco
quase por acaso precipita-me no penhasco e me salva
todos os dias, afaga e apedreja sem querer sentir ou sangrar.
Mas, quase por acaso é toda essa vida,
quase por acaso é todo o universo,
quase por acaso existimos e cremos em nossa própria crença
quase por acaso cremos na existência, cremos no acaso...
Mas, quase por acaso tu vais continuar me fascinando
quase por acaso desfaço e monto-me todas as noites
em qualquer avenida, em qualquer escuro dessa vida
quase por acaso tu não és só mais alguém, nem é quase nem acaso.
O caso é que você é um caso sério, de quartzo, de aço.
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