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Poesias-->Velejando o Firmamento II -- 21/12/2002 - 21:30 (Luiz Alberto de Andrade) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
I

Prematuramente,

Ou tarde demais me chegou a hora,

E eu nasci,

Sob a luz de um raio,

Sob forte estrondo,

Sob a chuva braba,

Que encheu meu lar e me pos a navegar,

A ver as estrelas,

A ver o luar e ansiar o dia,

Pois,

Ainda não vi o Sol raiar,

Eu amo a chuva,

Pois ela traz vida e me alegra,

Ela me inspira.;



Chove chuva,

Chove sem parar,

Limpa esta terra suja,

Ponha-me a navegar.;



Içar velas!

Vamos zarpar,

Vamos ao vento oeste em busca de nossa terra,

Em busca das estrelas,

Vamos varar a sombra e seguir,

Pela vereda infinita,

Atravessaremos o mar do nada a velejar sem desistir,

Por sobre os outeiros de pedra,

Por cima dos picos alvos e de suas encostas escarpadas,

Acima das nuvens,

Firmamento a fora,

Na imensidão do mar negro,

À luz de estrelas.;



Não temo o frio nem a solidão,

Pois,

Deles sou cúmplice,

Sou vivo e resisto à fome e ao tempo.;



Chove chuva,

Chove sem parar,

Chove a aguar a terra,

E as coisas que nela há.;



Velejo em meu navio sem olhar para trás,

Vejo lá abaixo,

Florestas verdejantes com grandiosas árvores vigorosas,

Rios prata reluzindo a luz da Lua,

Queria beber de suas águas puras,

Ver as flores na primavera,

Inalar seus perfumes,

Caminhar por entre elas sem me importar com nada,

Deitar-me a relva sob a luz do Sol,

Nos pés das arvores,

No conforto de suas sombras alegres e refrescantes,

Sombras da vida,

A ver pequenos animais alegres,

A ouvir pássaros a cantar e com eles aprender,

E virar cantor alegre,

Saindo pelas veredas cantarolando,

Cantando a vida,

A alegria e o amor,

Cantando sob a chuva que rega a vida,

Que enche os rios e me traz alegria de ver,

De viver,

De sonhar,

De poder sonhar e me por a velejar sonhos.;



II

Já avisto minha enseada,

Estamos chegando em casa,

Minha pequena enseada de tantas veredas,

Não me sinto triste embora não esteja contente,

Não encontrei minha terra,

Mas novamente a vi,

E cada vez que a vejo cresce meu anseio de encontrá-la,

De vivê-la em sua boa aventurança,

Em sua paz incólume,

A vadear os rios,

A banhar-me no mar dourado e ver o Sol deitar-se no horizonte,

Para voltar pejado pela suave aurora de todos os dias.;



III

Grande nau de grandes viagens,

Quem dera eu encontrar minha terra,

Sorrir alegre por não estar triste,

Nem angustiado ou atrasado,

Nem indeciso,

A caminhar pelas estradas não de asfalto,

Nem de terra ou feita a homem,

A beber do rio do riacho do ribeirão,

Veio de prata corredor veemente,

Pássaros livres em arvores não podadas,

Não desfiguradas pela bela arte destrutiva do homem,

Assim como o homem desfigura a si próprio,

Todos iguais,

Instantâneos,

Maquinas personalizadas com funções pré-determinadas,

Mas deixando de lado esse ponto perdido,

Veredas me aguardam,

A mim e meu nau,

E quem quiser vir será bem acolhido,

Viajaremos pelo mundo perdido,

Desconhecido,

Reino dos sonhos,

Buscaremos a realidade não alcançada,

Então!

Venha e me siga,

Vamos juntos nesta busca,

E iremos alcançá-la antes do amanhecer.

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