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Poesias-->Angústia -- 22/12/2002 - 23:23 (Rachel de Azevêdo) |
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Senhor,
Em que tenho
eu me tornado?
Sei sobre
as palavras,
Sei sobre
seres humanos
E de Ti,
Senhor,
Nada conheço!
Digo, pois, que
se conhecesse,
Não haveria em mim
tanta infidelidade.
Como Te seguir
pode não ser
o caminho certo?
Como posso eu
questionar-Te
aos homens,
se os homens
também não
Te conhecem?
Que respostas
podem me dar?
Eles mataram
em Teu nome,
roubaram
em Teu nome?
Fizeram de Ti
justificativa
para atos hediondos!
Não és Tu
quem me confundes.
São esses homens
que Te usam,
que Te culpam.
Culpam-Te
pela própria fraqueza
Por saberem
de Tua piedade,
de Tua compaixão.
Tu,
Mais que
qualquer Freud,
És entendedor
do aquém
e do além
da psique humana,
Tu,
que és criador
de todos os Freuds.
Estas palavras,
saídas de ti,
vêm me dizer
Que não
uma doutrina,
no que devo
acreditar,
ou uma religião,
o que devo
seguir,
e sim a Ti.
Não és
ideologia.
Não és
profanação.
És essência.
Para ser
sentida.
Como Amor.
Já que és Tu,
Senhor,
O próprio
Amor.
Ana Rachel de Azevêdo
24/03/02
Sousa-PB
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