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| LEGENDAS |
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| Poesias-->pupila -- 23/12/2002 - 01:09 (maria da graça ferraz) |
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Pupila - do olho
gracias de lunna
E eu lia alfaces
E eu soletrava flor
E eu aprendia árvore
E eu copiava rio
E eu imitava manhãs
Lúcida. Desprotegida.
Pupila do olho
Gesto nulo. Boca exata.
Curva do pescoço
Palavras insinuavam-se
fora das arenas quadradas
E eu escrevia poemas
E Deus, poesia
Mãos cheias de vento
Cabeça cheia de acenos
Fechava portas
às minhas costas
Sacudia ninhos
Contava sementes
Cheirava verbenas
Virava páginas
à minha frente
Velozes pensamentos
1,2,3...Dez centos
Infinitamente DEZEMBRO
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