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Poesias-->Mulher -- 24/12/2002 - 10:55 (André Mariano de Almeida) |
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A terra se aproxima dos meus olhos quando fico
No brejo da carne. A poesia tem rugas hereditárias
Posta ao sol da varanda que chega perto e fica
[ à mostra
Como uma ferida estampada na pele branca.
Um novo silêncio abre contagem sobre a perspectiva
No plano aéreo do instante que pára
E pela imobilidade da paisagem crescem seus
[ cabelos
Mundos de vassoura saem do paralelo, a geografia
[ muda,
Cada região suspensa no espaço líquido te carrega
[ um membro
E o tempo do meu ritmo fica despedaçado
No outono plástico da tua ausência.
O ar parece vibrar anestesia pelos arredores do
[ nada
Não tenho cumplicidade com a consciência
No nítido apaziguamento da sua hemorragia facial
Que busca na minha razão a exumação do princípio.
A palavra no instantâneo é uma borracha
Minha mente coadjuvante na inércia arquitetura
[ seus olhos:
São dois oceanos na vertical!...
Por entre as sílabas sonoras dos meus dedos
A nota SOL brinca na minuciosa carícia que detenho
Ao tocar nas mãos ásperas de deus, que jazem
[ esculpidas
Na matéria do infinito.;
E nesse toque ilícito, você me aguarda nua
Gêmea do pecado na neutralidade do orgasmo
Pronta, entre a realidade e o sonho,
E eu, quase imperceptível,
Pela aspiração máxima do instinto,
Alongo-me no seu colo, e vivo.
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