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Poesias-->68.O DIA -- 02/01/2003 - 06:44 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



As curvas perigosas desta estrada

Que leva à perfeição geram cuidados,

Pois hão de ser sutis os predicados,

Para que a vida não redunde em nada.



Que se vigiem bem todos os lados,

P ra que a oportunidade não se evada,

Que a coisa há de ficar mui mal parada,

Se, nos gozos, ficarmos viciados.



Aí, ninguém irá se conformar,

Ao sofrer as agruras do destino,

Só desejando à carne retornar,



P ra repetir, na vida, o desatino

De espairecer na praia, e não, no mar,

Enfrentando as tormentas desse ensino.









II



Caprichosos, os rumos do caminho

Fogem, às vezes, da floresta densa,

Prejulgando o encarnado que compensa

Não enfrentar o risco de um espinho.



Com certeza, se a dor for muito intensa,

O pobre há de chegar em desalinho.

Merecerá, contudo, mais carinho,

Se em Jesus fez crescer a sua crença.



Como vês, bom amigo, essa viagem,

Em que consegues ler nosso soneto,

Acrescentando um item à bagagem?



Acreditas o verso um amuleto,

Para abrir ao etéreo uma passagem,

Ou temes que o destino esteja preto?









III



"As trovas nos divertem e te ajudam" —

Pensa o leitor que é como nós pensamos,

Mas não há frutos, nestes altos ramos,

Caso os nossos mentores não acudam.



Nesta velocidade em que nós vamos,

É devagar que os pensamentos mudam.

Os versos, os poetas cá estudam,

P ra não passar a idéia de recamos.



Toda ação que no bem se fundamenta

Há de caber na rima, sem forçar,

Enquanto uma maldade não se agüenta.



Por isso é que é melhor ir devagar,

Que amor não é virtude que se inventa,

Mas sentimento nobre a divulgar.









IV



Descrente de alcançar bela vitória,

A gente descorçoa de lutar,

Esquecendo que o bem é devagar

Que ocupa o seu lugar, em nossa história.



Esteja onde estiver seu patamar,

‘Tá longe de beirar de Deus a glória.

Então, vamos limpar a grossa escória,

Cumprindo a lei do amor, que não tem par.



Anima-se o leitor e cria brio

Ou não vê nas palavras desafio:

Eu quero conhecer seu pensamento.



Então, diga ao poeta, mesmo em prosa,

Se existe algum valor em minha glosa,

Se é causa tão-somente de tormento.









V



Astúcia, nesta forma-pensamento,

O verso se transforma por magia

E diz que só poeta aqui faria

Ser dor o que parece fingimento.



Sem ter inspiração, então, plagia

Pessoa, no poema-monumento,

Que o gênio é quem demonstra o seu talento,

Mantendo muito simples a poesia.



Quem dera fosse eu que lá estivera,

Sensível aos reclamos dessa esfera,

Dando trabalho ao povo p ra pensar!



Ao menos, cá no etéreo, vou em frente,

Buscando dizer tudo claramente,

Que amor é bom senti-lo devagar.



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