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Poesias-->Travessia -- 02/01/2003 - 23:46 (Erbon Elbsocaierbe de Araújo) |
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Através de mim reivindico a mim mesmo,
Eu próprio, arredio,
Minha sorte.
É tempo já de tempos findos
De lembrar só dos dias idos
E apagar os rastros
De minha sombra.
Através da paixão reivindico a paixão
De um ser que não sei
Ou talvez saiba,
Qualquer coisa que não eu,
Que viva em mim, e me saiba.
Eu não sei quem sou.;
Não sou quem me sei.
Através do meu grito reivindico o meu grito
É chegada a minha hora, e
Não há de negar
Qualquer Deus ou anjo douto
Um ato ultimo de quem morre
Embora viva
Sou quem morre.
Através do silencio reivindico o silêncio
Não há quem me fale, ou me ouça
Eu não falo.
De mim não sou quem cuida
Nem há quem me cuide
Eu vivo só
E morro só.
Através da partida reivindico a partida
Não quero ficar, ou que fiquem.;
Eu vou,
Não me sigam.; p’ra onde eu vou
Não sei se há vida ou mortos
Vou e não volto,
Vou e não volto.
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