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Poesias-->69.O DIA -- 03/01/2003 - 07:44 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



O enredo desta vida se complica,

Ao ver o nosso verso publicado,

Que o povo, às vezes, pensa ser pecado

A rima que a verdade bem explica.



Há quem deixe a poesia, ali de lado,

Achando que a teoria não é rica,

Que a tese doutrinal não justifica

Mexer com o que está padronizado.



Apenas alguns poucos é que aceitam,

“In totum”, o recado cá do etéreo,

Amando quando as trovas os deleitam.



É que têm o sentido do que é sério,

Pensando que os poetas mais enfeitam,

Para dar ao leitor mais refrigério.









II



Trabalho há de ter sempre o nosso médium,

Se não titubear junto a esta mesa,

Querendo que a Doutrina co a Beleza

Desfaçam do encarnado o triste tédio.



Não vamos prometer tanta proeza,

Apenas, p ras doenças, bom remédio,

Queremos transmitir, sem muito assédio,

Na justa proporção desta pobreza.



Humilde, este poeta reconhece

Que o verso, à luz do mundo, soa bem,

Agradecendo ao Pai, em breve prece,



Pedindo p ra dar mais a quem não tem,

No esforço de colher a parca messe,

Que aqui está plantando o seu vintém.









III



A luta para dar ao mundo luz

Também há de passar por tosco verso,

Na ânsia de cumprir o bem, imerso

Nos mandamentos claros de Jesus.



Virtudes não resultam em perverso

Futuro, sob a sombra de uma cruz,

Que a maldade, num feixe só, reduz

Todo o ódio que andava aí disperso.



Discernimento p ra que a luta cresça,

Multiplicando os que desejam ver

Que a opinião os versos favoreça.



Assim, quem vem cumprir o bom dever

Deve impedir que a turma esteja avessa,

Em rimas de profundo bem-querer.









IV



Acobertado pelo encanto da palavra,

O nosso tema se dispõe de qualquer jeito.

Não que não haja pelo povo bom respeito,

Pois bem cuidamos do sentido desta lavra.



O pensamento, ao se expressar, é que azinhavra,

Pois não é fácil de rimar, abrindo o peito.

É bem por isso que pedimos seja aceito

O pobre texto, sem favor de abracadabra.



Vamos levando, de mansinho, a pobre rima,

Sempre a rogar o seu perdão a quem se atreve,

Pois quem perdoa este mau verso sente estima,



Mesmo que seja um sentimento muito leve.

Ao aumentar, toda amizade, então, sublima,

Para entender que o sofredor também escreve.









V



Acariciando o pobre “ego”, este poeta,

Sem sutileza, vem trazer a sã Doutrina,

Julgando a rima superior e peregrina,

Sem perceber que o bom leitor o verso veta.



Allan Kardec o Espiritismo nos ensina,

Agasalhando a produção de algum esteta,

Desde que a linha de conduta seja reta,

Porque a maldade colorida nos fascina.



Se Jesus Cristo aqui viesse compor versos,

Iria dar-nos toda a luz, com alegria:

Talvez não fôssemos algozes tão perversos.



Mas sua rima, com certeza, não teria

Tanta licença e tantos sons no ar dispersos:

Uma palavra, uma lição, uma poesia.









VI



O caro médium tem respeito p ra comigo,

Pois vou depressa, ao registrar este compasso.

Olha o relógio p ra saber se existe espaço,

Que ultrapassar o meu horário é grão perigo.



Péssimo verso, sem vigor, volto e refaço,

Que a perfeição é sentimento muito antigo.

Por isso, a rima que falseia mais castigo

E, quando o tema empalidece, eu me embaraço.



Já falta pouco p ra baixar em outro centro.

Depois, pretendo um bom repouso, noite adentro,

Que trabalhei o dia inteiro a minha trova.



Já o ponteiro está marcando a minha hora:

Graças a Deus, pois clara norma aqui vigora.

Peço a Jesus faça valer a Boa Nova.



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