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Poesias-->NORDESTINAÇÃO -- 03/01/2003 - 12:05 (Daudeth Bandeira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
N O R D E S T I N A Ç Ã O

Daudeth Bandeira



Maranhão, no nordeste do país,

É estado de credibilidade

Deve ter representatividade

Que enaltece o valor de São Luiz

Sua grande cidade Imperatriz

Se mantém numa ótima posição,

Bacabal, Capinzal, formosas são,

Grajaú, Dona Inês, Codó, Caxias,

A cidade que deu Gonçalves Dias

O maior menestrel do Maranhão.



Coro ( o nordeste é meu o nordeste é teu)



Teresina cresceu, eu percebi,

E é de puro mister que ela exiba

O valor que existe em Parnaíba

Picos, Campo Maior, Piripiri.

O romântico sertão do Piauí

De baixios chapadas e alcantis,

Fez Domingos Fonseca ser feliz

Palmilhando as estradas do destino

O maior repentista nordestino

E um dos grandes poetas do país.



Fortaleza, do herói Dragão-do-mar

Tens o brilho dos olhos de Iracema

Teu passado se envolve no poema

De Raquel de Queiroz e Alencar.

Teu presente te deixa singular

Com a modernidade que te veste

Desde as praias: do sol e leste-oeste,

Teus verões, teus invernos, teus luares

Fazem-te capital dos verdes mares

O cartão de visitas do nordeste.



E Natal tem Turismo e Carnatal

E vai ter como peça de estudo

Uma estátua de Câmara Cascudo

Bem no meio daquela Capital

Já possui uma base espacial

Que é chamada "barreira do inferno"

E por meio de um método moderno

Se constrói outro novo equipamento

Bota asas no nosso pensamento

E se alcança a mansão do pai eterno



Esmerada cidade João Pessoa

De Américo, de Alcides e de Zé Lins,

Entre as árvores frondosas dos jardins

Um poema de Augusto ainda ecoa

As robustas palmeiras da lagoa

Dão a ti elegância tropical

O seu busto da orla litoral

Se arrepia de amor, ouvindo o cântico

Entoado nas ondas do Atlântico

Sua grande paixão oriental.



E Recife, metrópole nordestina

Na cadência do seu capibaribe

Adormece escutando o beberibe

E acorda com gritos de usina,

Frevo, maracatu e colombina

Aparecem nos novos carnavais.

Está vivo nas páginas dos anais

Quem cantou o torrão pernambucano

Igualmente Olegário Mariano

Um Ascenso Ferreira e outros mais



Maceió, capital alagoana,

Sua Chã de Jaqueira é jóia rara,

Bebedouro, Farol e Pajussara

Revelando a visão meridiana

Rodeada de praia, coco e cana

É um prato no meio da fartura.

E essa grande riqueza se mistura

Com as coisas que mais admiramos

Só o nome Graciliano Ramos

Encabeça um capítulo de cultura



Vem Sergipe com sua Aracaju

E cada uma cidade sergipana

São Cristóvão, Lagarto, Itabaiana,

Que é o chão do nelore e do zebu,

Mandioca, feijão, milho, caju

E laranjas, do chão fertilizante.

O Sergipe pra mim é importante

Que apesar de Estado pequenino

É um gigante com cara de menino

E um menino com forças de gigante



Salvador é o berço maternal

De Caíme, Caetano, Gal e Gil,

Não conheço outro povo no Brasil

Com o mesmo talento musical

Rui Barbosa foi nosso pedestal,

Castro Alves, poeta condoreiro

Jorge Amado é o grande noveleiro,

Sua fama não pára de crescer

Tem que ser nordestino, pra saber

O valor do nordeste brasileiro.



Coro (o nordeste é meu, o nordeste é teu)



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