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Poesias-->Aurora -- 08/01/2003 - 01:52 (Luiz Alberto de Andrade) |
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I
Às vezes queria não saber nada
Pois só assim não sofreria tanto
Não teria tal desgosto de viver
Nesse nosso mundo degenerado
Eu olho para o quem vem
Mas só vejo o breu
Das coisas incertas e não escritas
Que talvez deva eu ser o autor
Dessa obra de triste desfecho
Que já escrevi com medo
Do que não veio e creio vir breve
Para levar-me ao meu mundo
Mas em todo meu crepúsculo
Em toda minha afasia
Quero ver o sol surgir às costas de um outeiro
E quero sentir a alma aquecer alegre como as flores
II
Eu quero chorar por não ter como
Quero chorar por incapacidade
Raiva ódio cadê o tal do livramento
Só vejo lagrimas e sangue
Acendas está luz se tu me ouve ou vê
Eu não quero este destino inerente
Não quero este epílogo inepto
Comumente presenciado aqui
Onde é que tu vives concórdia
Seu afilhado tem saudades
Por que não vens aos corações humanos
E os ensina liberdade e felicidade
Dê-lhes asas para saberem
Para que aprendam o vôo
Para voar longe e se caírem
Que caiam nas nuvens de sonhos azuis do crepúsculo.
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