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Poesias-->Os porcos -- 10/01/2003 - 09:25 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os porcos

A cerca fecha

Vem o animal

A criança, de colo, berra

Mais pela queda

Pois ainda não sabe seu fim



Acidente? Descuido? Fatalidade?

Ninguém saberá

O fato é que a primeira dentada

Já deu-se



Agora a dor é de dor

Um braço arrancado

Ainda vive, o inocente

Poucos instantes e estará branco

Sem sangue algum

No céu



O cachaço usa bem suas prezas

Divide o corpinho, já cadáver

Em vários pedaços

Melhor para a degustação



O pai chega

Portão com cadeado

Sem chaves

Só arrombando



Mas a face pequena

Sem pescoço e corpo

Dá a notícia

De joelhos, lhe faltam gritos

Dentre as lágrimas derramadas

O desespero inválido



O animal come instintivamente

Sem entender à razão

Seria vingança

Pelos seus filhos que viraram derivados?

Não!

É claro, esta é a ótica de quem escreve

Ele não raciocina, infelizmente



E ao acabar sobram restos

Aproveitados pelos demais porcos



Quando alguém abre a porta

O guisado mal da para uma caixa de sapatos



E saber que a mãe, relapsa

Só fora colher uma flor

( Codo. Recife, Pernambuco, dezembro de 2002)

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