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Poesias-->As Minhas Mãos -- 12/01/2003 - 22:33 (Luísa Ribeiro Pontes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






As minhas mãos não são diáfanas.

Puras perduram na essência

das coisas por fazer e

esfregam, limpam e sabem polir,

lavam, enxaguam e juntam-se

em prece, se nada acontece,

que crie os prodígios,

das almas limpas e puras

que cristalizam os vulcões extintos.

As minhas mãos não são transparentes,

nem se cobrem do verniz,

da perfeição eleita

das inefáveis borboletas.

São mãos de mãe que assoa,

lava e cobre de mimos,

desenha e pinta ou faz plasticina.

São mãos que tocam detergentes,

lavando o coração de gentes,

de invejas ou palavras insolentes.

Com estas mãos afugento

exércitos de humidade

nas paredes e nos livros

nos corações empedernidos.

As minhas mãos inventam coisas,

tricotando sentimentos,

debitando palavras e espalhando cores

tecendo mantas de sonhos,

em telas de madrugadas.

Combrem-se de pó de giz,

dos ensinamentos que não fiz,

nos dias em que me cumpro

escrevo apago e desafio

a poeira do pensamento.

Ah, as minhas mãos não são de sonho

mas afastam de espanador

as teias que teimam em cobrir

os dias claros que hão-de vir...





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