LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->ESTRELAS DA MADRUGADA -- 08/08/2000 - 13:03 (João Ferreira) |
|
|
| |
ESTRELAS DA MADRUGADA
No fim do corredor eu vi
Quando teus olhos se fechavam aos meus
Porque outros mais azuis se abriam ao teu sorriso
Bem no dobrar da esquina observei
Que teu verbo esmoreceu
Porque outra metáfora iluminada e soprada alentou tua imaginação
No dealbar do sonho eu vi no teu abrir da janela
Que meu sol se punha
Quando outro mais brilhante nascia para ti
Eu enxerguei naquela tarde as nuvens brancas
Que estonteavam teus olhos
Quando revoada de pássaros esvoaçava sobre o lago
No interior de meu oratório meditei sobre a forma clara
Com que antepuseste a lógica da certeza fulgurante do teu amor
Às dúvidas sazonais que te assaltaram naquele dia
Nos ares da meia noite silenciosa
Compreendi com clareza lancinante
Que o coração rema na direção da diástole
Na suave luz da minha alma
Ganhei na paz que sempre caminha para meu lado
A brisa pacificadora que me enternece os sonhos
Descansei por segundos depondo minhas fantasias vãs
E me detive a analisar o vôo de muitos pássaros em meus telhados
Ao lado da paisagem de meu rio por cima do convés de meu barco
Adormeci no banco poético da proa
Quando olhava as águas se movimentarem
Em nuanças memoriais de um fragmento de Heráclito..
Jan Muá
Brasília, 8 de agosto de 2000
|
|