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| Poesias-->ACREDITO NA MINHA INOCÊNCIA -- 14/01/2003 - 11:04 (joão manuel vilela rasteiro) |
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acredito na minha inocência.pois é
leve o metal nos pulmões.o ruído
inamovível que se ilumina por dentro,
é um deus de lábios frios.alheio a
toda a terra, chora de sede no seu
próprio calor.os grandes frutos à
entrada da boca, são o efémero e
amargo hálito das palavras.e fica
um lugar falando perpetuamente na
dobra do fogo.sobre as chuvas nocturnas
a linha dos relâmpagos, o rumor
dos músculos em cada célula.lágrimas
com a boca cheia de batalhas que
reconhecem a luz.a inocência será um
corpo cor de corpo sem imagens.recomeço.
in.; Revista "entreletras - livros e escritores", nº5,Maio 2003 |
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