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Poesias-->Silente Comunhão -- 15/01/2003 - 10:48 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Silente Comunhão

J.B.Xavier e Fernanda Guimarães





...E assim, deixei-me deslizar

Para os vórtices de tuas vontades...

Teci, com os fios da tua emoção,

Caminhos para que minhas mãos

Descobrissem os matizes do amor...

Deixei-me abandonar ao acaso de tuas aventuras,

Sendo mais uma de tuas loucuras,

Enquanto esculpias no abismo dos teus olhos

O silêncio do amor há tanto aguardado,

Soletrando-me a doçura dos teus mistérios

Ainda trêmulos na emoção da entrega,

Como se possível fosse calar

A voz do teu peito que arfava com o silêncio

Da eternidade em que me pertencias...



E flutuei em teu universo de sonhos,

Sendo mais um dos teus anseios,

Mais um dos teus devaneios,

Curvando-me ao imponderável que sempre nos uniu

Nesta sede de amor em que nos mitigávamos...

Fui a chama e as fagulhas

Dessa abençoada fogueira que te consumia...

Fui a madrugada insone

Onde a noite sussurrava mistérios para a lua,

Onde alma e corpo se entregavam em silente comunhão...



Sucumbi ao convite de tuas carícias

E em tuas mãos, deixei meus desejos despidos...

Fui malícias, sacrários e blasfêmias,

Onde tu depositavas lágrimas e alegrias...

Fui alguns dos teus longos dias

De espera agonizante,

Doces malvasias

Desse vinho espumante

Com que já brindavas à minha rendição...



Hoje, respiro-te em cada hausto de meu peito,

Em cada onda que quebra à beira mar,

Em cada fim de tarde, em cada luar

Que se espraia na baía...

Sinto-te em cada brisa que me afaga a pele,

Descobrindo-me para além de mim e do que revelo

Em cada momento dos tantos que foram nossos...

E é na paz de um sublime amanhecer,

Quando escuto o encontrar de nossas mãos

Que mais mergulho na calma

De - de alma e corpo - inteiramente te pertencer...





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