LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Canção da Tarde -- 10/08/2000 - 10:18 (Licínio de Almeida Castro) |
|
|
| |
CANÇÃO DA TARDE
Oh Tarde, se nos bosques eu pudesse,
e ela, com ternura, então quisesse
outra vez sonhar!
Quem me dera tomá-la nos meus braços,
esquecer minhas mágoas e cansaços
e de novo amar!
Oh vem, divina musa! Como és bela,
quando surges, qual célica donzela
ardente de amor!
Tu me trazes perfumes de saudade,
e retiras da minha soledade
o fel do amargor.
Além, nas serras onde te debruças,
os pássaros me dizem que soluças
também como eu...
Ah, como é triste, ó Tarde, amar sofrendo,
chorar de dor, lembranças revivendo
de alguém que morreu!
Eu vivo suspirando sem alento,
sob a cruz deste amor e do tormento
da minha paixão.
Ó ventos! Ó vergéis de meus amores!
cantai à virgem morta os dissabores
do meu coração!
Oh Tarde, se nos vales eu pudesse,
e ela, com doçura, então quisesse
viver a cantar!
Oh, se eu pudesse tê-la nos meus braços,
esquecer-me de mágoas e cansaços,
e de novo amar!
|
|