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Poesias-->Ciranda para Isadora -- 10/08/2000 - 11:09 (Licínio de Almeida Castro) |
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CIRANDA PARA ISADORA
Dizes ser mau agouro
esse perpassar de asas
sobre o rio do Sonho.
Esse corvo tão negro,
de penugem mais negra,
é apenas o duplo
da mesma ave azul
que canta salmos
no campanário.
Dizes que a Morte é negra,
de vestes negras e longas,
como o corvo noturno
cujo roçar de asas
percorre grande extensão
de teus sonhos.
Mas os que já morreram
negam essa visão onírica:
não há trevas, nem foice,
nem túnica escura.;
nem a Morte voa
com asas sombrias
e cabelos desgrenhados.
O vôo do Sonho
é presságio feliz
pra quem pode vê-lo.;
e a Morte continua branca,
sempre branca,
de uma negritude branca.
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